Por José Ângelo Gariglio
A crise estrutural do capitalismo, manifesta no contexto brasileiro, coloca em risco a legitimidade acadêmico científica da Universidade pública? Entendemos que sim! Face o processo de desindustrialização da economia, os níveis assombrosos de desemprego, o avanço irreversível da informalidade no mundo do trabalho, a hegemonia do subemprego nas relações de trabalho, a existência da Universidade pública, tal como pensamos durante décadas, estaria perdendo sua legitimidade social? Sobre isso, o professor Antônio Nóvoa (Professor catedrático e reitor honorário da Universidade de Lisboa) , no artigo O Futuro da Universidade: o Maior Risco é Não Arriscar, analisa a “centralidade das universidades e a sua relevância nas sociedades contemporâneas. Partindo de uma crítica a quatro palavras começas por E, que constituem a base da agenda de “modernização” das universidades, defende-se a importância de quatro movimentos: da empregabilidade à educação geral; da excelência ao gesto pedagógico; da empresarialização ao sentido de comunidade; do empreendedorismo à responsabilidade pública. Ao longo do artigo aponta-se a urgência da metamorfose das universidades, com base na criação de novos ambientes institucionais no plano pedagógico e científico e na ligação com a sociedade. Para isso, é necessário ter a coragem da mudança, sabendo que o maior risco é não arriscar.”Vale a pena conferir! Boa leitura.